OPEP+ mantém metas de produção de petróleo para 2023, mas a Arábia Saudita anuncia novos cortes

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, conhecidos como OPEP+, não fizeram alterações em seus cortes de produção de petróleo planejados para este ano, já que a Arábia Saudita, presidente da coalizão, anunciou novos declínios voluntários.

A OPEP + também anunciou em comunicado que limitará a produção combinada de petróleo a 40,463 milhões de barris por dia entre janeiro e dezembro de 2024.

Anteriormente, a aliança concordou com um declínio de 2 milhões de barris por dia em outubro. Alguns membros da OPEP+ também anunciaram reduções voluntárias de pouco mais de 1,6 milhão de barris por dia em abril. O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse no domingo que todos os cortes voluntários, que inicialmente deveriam expirar depois de 2023, agora serão estendidos até o final de 2024, em comentários relatados pela Reuters.

Questionado se a Rússia, atingida por sanções ocidentais, cumprirá sua promessa de cortar a produção, o ministro do petróleo dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, reconheceu no domingo que há discrepâncias entre os números fornecidos por Moscou e as estimativas de produção russa independentes de analistas e publicações comerciais.

O ministério de energia da Arábia Saudita disse que implementará um corte voluntário adicional de um milhão de barris por dia de um mês a partir de julho, que ainda pode ser estendido. Isso elevará os declínios voluntários totais do reino para 1,5 milhão de barris por dia durante o período, reduzindo sua produção para 9 milhões de barris.

O que está em jogo para a OPEP+ é uma batalha para conciliar uma perspectiva de oferta mais apertada na segunda metade do ano, as atuais preocupações macroeconômicas e inflacionárias e a diplomacia intergrupo.

Resta saber se a redução da produção em 2024 oferecerá suporte de longo prazo aos atuais preços futuros do petróleo quando os mercados abrirem na segunda-feira, após meses de pressão da turbulência financeira global desde o início do ano.

A aliança de produtores também concordou em revisar as linhas de base - o nível inicial a partir do qual os produtores cortam sua produção durante os acordos da OPEP +, geralmente em uma porcentagem semelhante - para 2025.

Uma linha de base mais alta se traduz em um teto de saída mais alto. As linhas de base são frequentemente reutilizadas em novas iterações dos acordos da OPEP + e sua revisão e ajuste posterior costumam ser controversos, o que significa que podem comprometer os produtores a longo prazo.

Fonte: CNBC